Jornalistas relatam os desafios no meio dos esports

Osvaldo R. Izidoro Junior
2 min readJan 19, 2023

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Os esports vêm crescendo cada vez mais no brasil e com ele também vem o crescimento do jornalismo nesta área

Jairo Junior entrevistando Kaike ´´KSCERATO´´ Cerato( jogador profissional de Counter Strike)

O jornalismo nesta área no começo era feito por fãs, hoje em dia conforme o mercado evoluiu a cobertura começou a evoluir junto e como em qualquer outra área do jornalismo surgiram suas dificuldades e desafios.

Mesmo com essa evolução um dos grandes problemas ainda é o amadorismo, por ser algo novo principalmente no Brasil que está um pouco atrás comparado a outras regiões. “Ao invés de pessoas apenas caindo de paraquedas, hoje temos estudantes de jornalismo e até jornalistas de longa data no cenário, o que também elevou bastante o nível. De uma forma geral, ainda há amadorismo, mas também já existem grandes nomes com potencial”, explica Jairo Junior, redator e repórter do site The Enemy.

Para combater esse problema existem alguns cursos disponíveis sobre o jornalismo nos esportes eletrônicos. “A prova de que o cenário jornalístico de esports está crescendo e querendo se profissionalizar, são os cursos especializados na área que estão surgindo e o número de estudantes que se matriculam na graduação com o sonho de trabalhar com esse tema”, diz Beatriz Coutinho, repórter do MGG Brasil e professora do curso livre de jornalismo de esports da Faculdade Cásper Líbero.

Beatriz Coutinho entrevistando Danniel “Evrot” Franco ( jogador profissional de League of legends)

A parte financeira é outro problema. “Mão de obra é uma coisa que enxergo que falta no jornalismo de esports, mas também não há dinheiro o suficiente para pagá-la”, comenta Jairo.

Às vezes pela equipe de redação não ser muito grande, e quando estão acontecendo vários campeonatos simultâneos, é preciso optar por um deles. “A conta não fecha e, consequentemente, o nível do trabalho cai”, complementa Jairo.

O que falta para o esports chegarem ao nível da cobertura jornalística de esportes tradicionais, é a profissionalização que não deve ser feita de uma forma atropelada. “Não podemos querer chegar longe simplesmente para chegar longe e tentar ‘provar’ para o resto do mundo que esports é importante e acabou. Temos que querer chegar longe para ajudar a construir um cenário melhor, mais profissional, mais respeitoso e mais ético”, finaliza Beatriz.

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